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quinta-feira, 17 de maio de 2018

MINHA VIDA NO SPINNING - COMO TUDO COMEÇOU

Lembro que o ano era 1998. Havia acabado de deixar o Banco Real, onde trabalhei por alguns anos como Gerente de Contas. Estava desempregado desde o final de 1997, já cursava Educação Física (na verdade estava cursando o primeiro semestre) e passava os dias treinando igual um maluco.
Um certo dia meu amigo Milton Milton Pereira Alemão, na época diretor da Academia Unimonte, localizada na faculdade onde eu estudava Educação Física, me apareceu com uma proposta um tanto inusitada a princípio. Me disse que estava inscrito para um curso de bike indoor no ENAF de 98 em Poços de Caldas, e que não poderia ir, e que se eu quisesse era só combinar com o Renato Solano, que também estudava por lá, e rachar as despesas que o curso estava garantido. Minha primeira reação foi a de sorrir muito. Achava o "spinning" uma frescura, porque naquela época eu pedalava forte com o pessoal nas estradas, e não entendia como aquilo poderia me ajudar de alguma maneira na profissão.
Enfim, acabei aceitando e parti junto com o Renatinho para Poços de Caldas, O curso aconteceria em um sábado e domingo na parte da manhã e seria ministrado por um uruguaio chamado Daniel Boz. Eu não fazia ideia nem como se fazia uma regulagem daquela bicicleta. Os cursos, normalmente, oferecem no final de cada sessão diária uma aula prática para que os alunos exercitem os aprendizados. Sentei ali na frente dele, que na época era casado com uma japonesa que pedalava muito também.
Foi uma hora de pedal. As bikes eram umas da Reebok com a regulagem de carga parecendo aquelas manivelas de troca de marchas das antigas Caloi 10. "Principles of Lust", do Enigma, foi a primeira música a qual eu pedalei na minha vida. Pedalei como se estivesse em uma corrida de ciclismo, Aula extremamente forte. No final do primeiro dia de aula, o cara veio conversar comigo perguntando havia quanto tempo que eu já pedalava, porque ele percebeu que eu havia feito a aula com qualidade.
" Foi a primeira vez que eu subi em uma bike indoor na vida ", respondi.
Comprei os dois CD's de aulas que o Daniel Boz havia disponibilizado para quem quisesse utilizar em aulas. Não imaginava o quanto aquilo seria importante para mim em um futuro muito breve. Enfim. Ao final daquele segundo dia de curso, apareceu uma mulher na sala oferecendo aos participantes inscrições para o primeiro curso de certificação no Programa Johnny G Spinning® do mestre e amigo Johnny Goldberg, que aconteceria em alguns meses nas dependências da Runner Club, em São Paulo. Lembro que fiz a PRIMEIRA INSCRIÇÃO no Brasil, junto com o Renatinho Solano com a saudosa Vânia Ballo, que enquanto esteve nesse plano cuidou de todos os interesses do Spinning® no Brasil.
Retornamos para Santos. Na terça-feira, como de hábito, encontrei com duas dezenas de ciclistas logo cedo da manhã na Praça das Bandeiras, no Gonzaga, para mais uma sessão de pedal. Sempre saíamos em direção à Via Anchieta e nela resolvíamos sempre na hora se daríamos a volta por Cubatão em direção à Rio Santos ou se iríamos em direção à Mongaguá pela Piaçaguera. Os treinos eram sempre imensos. Naquele dia, demos a volta por Cubatão, entramos na Rio Santos e retornamos na Bertioga, porém ao invés de seguirmos em direção às Balsas, voltamos por Cubatão até a entrada de Santos. Estava um sol de rachar, já era próximo de 13h e passei junto com o pelotão, já em ritmo de passeio, em frente a Academia Galpão 4, na Avenida Ana Costa, onde antes por quase duas décadas reinou a Academia Olimpic Center, o primeiro empreendimento em Santos construído para ser uma academia, sem adaptações em casas, como era costumeiro na época. Em um rompante de coragem e irresponsabilidade, parei e entrei na "cara dura" achando que ali pudessem estar precisando de professor de bike.
Os proprietários da Galpão 4 eram o hoje meu amigo Joao Carlos Coelho ( Joãozinho ) e a Alzira Marques. Não conhecia nenhum dos dois. Perguntei pro João se estavam precisando de professores de bike e que eu era ciclista e que estava cursando Educação Física e que precisava começar a trabalhar. Ele me pediu que voltasse no dia seguinte, uma quarta-feira, para que eu desse uma aula experimental às 11h da manhã.
Aquele dia eu não dormi. Comecei a imaginar o quanto de insanidade havia na minha conduta ao aparecer em um lugar se oferecendo para dar aulas, se eu havia pedalado apenas duas vezes em um curso dois dias atrás. Imaginei que seria o pior dia da minha vida. Liguei para meu compadre Fred Longhin, parceiro dos bons de ciclismo, que na época era profissional na Memorial e já dava aulas de bike em Santos. Falei pra ele que havia feito um curso no sábado e domingo passado e que só possuía os dois CD's do curso do uruguaio. Me lembro que a única coisa que ele me disse foi:
" - Silvão, dá a aula mais forte que tu puder, tenta fazer o que o professor fez no curso. "
No dia seguinte lá estava eu, às 10h30. Joãozinho pediu que eu subisse com ele até a sala de bike, que na época ficava nas dependências do salão de festas da antiga academia, no último andar, junto à churrasqueira. Eram 12 bicicletas rústicas, com a regulagem feita por correias de couro presas à molas que eram esticadas por câmbios de Caloi 10, um sistema parecido com o das Reebok, porém bastante caseiro, rudimentar. Logo depois chegou a Alzira. Perguntei onde estavam os alunos, afinal de contas, seria uma "aula experimental" Tolinho. A aula seria só para ela, a proprietária.
Sim, minha primeira aula de ciclismo indoor na minha vida foi personalizada e sem registro profissional, situação que se estendeu depois por mais uns três ou quatro anos. Eu fugia mais do CREF naquela época do que quando fugia da imigração em Londres.
Voltando. Comecei a aula com aquele alongamentozinho básico e depois "Principles of Lust". Aliás, tenho na memória até hoje, vinte anos depois, toda a sequência de músicas daquele CD do Daniel Boz. Não me lembro ao certo da sequência de estratégias que utilizei naquela aula experimental, mas lembro que no final ela ficou feliz com o que fiz e acabou me contratando, criando um horário para mim que seria às 11h da manhã.
E já seria pra começar na segunda-seguinte. E eu não tinha tocador de cd's em meu rústico computador na época em casa, e pra piorar, a internet naqueles tempos era "discada" e para baixar uma simples música de 10mb no site "E-mule", muito famoso naqueles tempos, demorava-se até duas horas. Eu tinha que baixar as músicas, colocar em um pendrive, transferir para um "3 em 1" que eu possuía em casa para gravar em fitas K7 (sim, fitas K7).
Durante aproximadamente um mês essa foi a forma como eu me reinventei na vida depois de ter trabalhado tanto tempo em banco. Logo depois consegui colocar um gravador de CD's no meu PC e tudo ficou mais fácil um pouco. Comecei, repito, com as aulas do horário do almoço, às segundas, quartas e sextas. Depois de quinze dias, já estava também com uma aula às 7h da manhã e outra às 17h, no final de tarde. No dia em que eu comecei a dar aulas de ciclismo indoor as bikes já haviam descido para o local da foto, que era adaptado em um local onde na academia anterior existia uma sauna.











R$ 6,50 era o valor que eu recebia por cada aula dada em 1998. Algum tempo depois o Daniel Boz veio dar um curso de bike na Casa da Dança da querida Renata Abussafi Queiroga, e mesmo já tendo feito no ENAF, me inscrevi. E ali fiquei, contratado por ela, dando aulas naquele lugar delicioso e aconchegante também por alguns meses.
Alguns meses depois, fui fazer a minha certificação no Programa JG Spinning® em São Paulo. Retornei lotado de CD's dos professores Giba Ambrogi e Wilsinho Germano, professores formadores na época e que aproveitavam para faturar algum a mais vendendo suas aulas. Um ano depois meus patrões da Galpão 4 também se certificaram no Programa JG. Novas bikes da Schwinn (as top na época) foram compradas. Primeiro cinco, depois de meses mais quinze. Uma nova sala. E a vida seguiu, pelos vinte anos seguintes.
Mas isso é assunto para uma nova foto, para um novo textão !! Valeu quem chegou até aqui. Tenho certeza que muitos se identificarão com a história.

sábado, 17 de março de 2018

VOCÊ É LEÃO OU GATINHO ?


Atletas, invariavelmente, possuem uma certa dificuldade em lidarem com as informações da ciência do esporte.

São viciados em números, adoram desfilar com monitores caríssimos repletos de informações, utilizam medidores de potência que custam muitas vezes mais caro do que a maioria das bicicletas dos cavaletes de uma prova de triathlon, mas quando se trata de cumprirem as prescrições das planilhas de treinadores que preferem acreditar na ciência do esporte do que nas prescrições de treinadores que escrevem para revistas "especializadas" de uma modalidade, normalmente imaginam que seus treinadores os tratam com desrespeito quando prescrevem sessões de treinos que, À PRINCÍPIO, podem até parecer uma brincadeirazinha de criança.

Me recordo em 2015 quando fui contratado por um desconhecido que depois se tornou um amigo e IRONMAN, que depois de pouco mais de quatro meses de treinamentos e muito cuidado na organização de todo o seu ciclo de treinamentos (seria o seu primeiro Ironman e com apenas sete meses de preparação sem ele nunca ter feito sequer um short triathlon na vida) que estávamos eu, ele e um outro atleta que treina conosco todos no Riacho Grande para uma sessão longa de treino. 

Sua planilha consistia um pedal de 130km e a do outro atleta 160km, cada um em suas zonas de treinamento estabelecidas quatro meses antes durante os testes de esforço realizados com o Dr. Gerson Leite, especialista em fisiologia do esporte, um amigo o qual confio plenamente as informações e as sugestões dos testes de meus atletas.

Os dois saíram juntos. Um absolutamente "virgem" em treinos longos e crescendo no volume, e o outro já com cinco Ironmans no currículo. Após aproximadamente 90km, os dois pararam para abastecer suas garrafinhas na minha tenda da Assessoria.

Não tenho o hábito de interferir ativamente DURANTE os treinos de ninguém que treina comigo. Aquilo que está prescrito nas planilhas e que fora conversado previamente antes da sessão julgo ser o suficiente para o entendimento do que deva ser realizado.
Estranhei os dois pararem absolutamente no mesmo tempo e perguntei para o novato se ele estava fazendo o mesmo treino do veterano, no que prontamente me foi respondido:

" - Silvão, estou me sentindo bem. Se eu chegar no 130km me sentindo bem posso seguir com o veterano até o 160km? "


Eu respondi:
" - Você não vai chegar no 130km bem. Acredite! "

Ele sorriu ironicamente e prosseguiu seu treino até o 120km, quando começou a sentir fortes desconfortos musculares e estomacais, e terminou o 130km se arrastando em cima da bicicleta, pedalando a não mais do que 15km/h.

Ao chegar na nossa tenda, o ajudei a descer da bicicleta e ele se jogou ao chão exaurido, quase desmaiando, passando muito mal.
Esperei ele se recuperar, desmontei sua bicicleta, guardei na caçamba da camionete, depois ele se alimentou, foi tomar uma ducha que estava ao lado do carro e se recompôs lentamente, mas sempre afirmando (falou umas três vezes para mim e eu apenas ouvindo) que iria desistir da prova de Florianópolis, que iria entrar em contato com a organização e cancelar sua inscrição, porque se ele não conseguia sequer fazer um pedal de 130km como então ele iria fazer 180km e depois ainda correr mais uma maratona?

Quando ele estava um pouco melhor e recuperando, pedi para que ele olhasse atentamente para os meus olhos e disse:

" - Esquece o amigo que está aqui e esquece o treinador que está aqui porque agora você vai ouvir de uma pessoa que já esteve aí do lado que você está por quase vinte anos e tem experiência o suficiente para te falar tudo o que você precisa ouvir "

Posso lhes garantir que não foram palavras grosseiras. Foram asseritivas, de uma dureza necessária para que ele se posicionasse diante daquilo que ele havia se programado para fazer.

" Se você contrata alguém do "zero" que aceita te treinar, coisa que poucos treinadores iriam aceitar, porque isso é um planejamento onde a linha entre o sucesso e o fracasso andam praticamente juntas, se você abdica de família e diversão, se você gasta dinheiro com bicicleta, equipamentos, testes de esforço para que tudo seja melhor planejado, se você não tem que se preocupar com absolutamente mais nada do que apenas seguir aquilo que foi planejado pelo seu treinador, quem foi a ENTIDADE que depositou confiança em tua mente para fazer você, sem EXPERIÊNCIA NENHUMA, acreditar que somente a tua mente poderia ser o suficiente para você ignorar todo o trabalho e experiência do teu treinador e resolver fazer o TEU TREINO, só porque você estava se sentindo bem? "
" Para que você paga caro um treinador e faz ele acordar às cinco da manhã para te acompanhar até um local de treino há mais de 70km da casa dele e deixa ele embaixo do sol observando tudo, se você resolve simplesmente fazer do teu jeito? "

" Vou te dar duas sugestões: Ou você realmente REFLETE sobre tudo de errado em comportamento e estratégia e aceita que o IRONMAN não aceita desaforos e segue à risca tudo o que vem sendo planejado com CUIDADO e CARINHO em suas planilhas semanais ou sugiro pra você que realmente CANCELE a sua inscrição porque se seguir dessa forma a possibilidade de você ter um colapso muito antes do final de uma prova de Ironman é de 100%"
" A decisão é sua "

Quem me conhece sabe. Eu não alivio. Com ADULTOS eu não alivio.

Quando o veterano chegou, havia se instalado ali entre nós um silêncio absoluto. Não por raiva, ódio ou qualquer outro tipo de sentimento ruim entre nós, mas porque de minha parte havia um misto de frustração e decepção com tudo aquilo e por ele penso que apenas porque estava refletindo sobre tudo.

Após o veterano descansar, se lavar e se alimentar, a conversa entre ele e o novato foi praticamente a mesma que eu havia tido pouco mais de uma hora antes.


Faltavam ainda doze semanas para o Ironman Brasil 2015 e na terça feira ele já havia me ligado e conversamos longamente e o plano seguiu.
A abordagem dos treinamentos mudou, ele encarou de frente as suas limitações (não as diárias, que sempre serão mínimas), mas as globais, que envolvem tudo o que acontece com um corpo que é exposto ao estresse diário de longas sessões de treinamentos e que precisa de descansos e respeito contínuo aos seus limiares para não "sucumbir".


Ao final do Ironman daquele mesmo ano, ele ultrapassava a linha de chegada com exatas 15 horas de prova, sem nenhuma intercorrência de dores de interrupção e com o objetivo de correr a maratona inteira andando apenas nos postos de abastecimento.
Tudo absolutamente dentro do planejado.
E nunca mais retornou para o triathlon.

Utilizo sempre essa história recente em minhas conversas porque existe ainda uma dificuldade muito grande dos atletas confiarem PLENAMENTE eu seus treinadores e acreditarem no planejamento.
Muito me entristece que consultem muito mais esses "sites" onde treinadores são pagos para prescrever coisas absurdas e de "graça".
Muito me entristece que normalmente nas discussões que envolvem performance os atletas utilizam sempre como exemplos as rotinas de atletas profissionais, como se eles fossem.
Mas o que mais me entristece é que a grande maioria, desinformada que é, prefere acreditar em suas próprias verdades, apelando invariavelmente para métodos nada honestos de obtenção de performance e tratando o esporte como um vício perigoso, e que muitas vezes abrevia o tempo de vida de quem busca no embuste as suas realizações pessoais.


Ainda assim, existe uma resistência em aceitarem que uma planilha de um atleta de longas distâncias ("endurance) não precisa necessariamente estar com preenchimento completo, com longas sessões diárias de alguma das modalidades, para ser uma planilha confiável.

Muitas vezes o que o atleta precisa dentro de um ciclo de treinamentos é DESCANSO e treinos dentro do primeiro limiar ventilatório, e se o treinador prescreve é porque ele tem em sua mente o valor de excelência do que aquele treino em baixa intensidade irá resultar no total agrupado do ciclo completo.


Pensem nisso, atletas.
Não subestimem os esforços de seus treinadores para tirarem de vocês a máxima performance.
Mas não a máxima performance em treinamentos, e sim nas competições.

Leões de treinos vemos aos montes por aí.
E normalmente viram leões nas provas até próximo de 75% de seu total, porque depois se arrastam até o final como gatinhos desdentados sem ter o que comer e prontos para desaparecerem.


Se o seu treinador lhe disser que é fácil preparar um ciclo total de treinamentos, e que uma planilha semanal ele consegue fazer em quinze minutos, LIVRE-SE.

É uma dica de quem já esteve aí do lado de vocês, competindo muito, vencendo algumas vezes e perdendo inúmeras.
Como eu gostaria que vinte anos atrás a ciência do esporte pudesse me ajudar como ela pode hoje dando tantas informações para os treinadores trabalharem "DIREITO", quando estudam para entenderem a fisiologia e como prescrever com ela atuando junto.

Bons treinos, galera !

E lembrem-se.


Seus treinadores até podem aceitar desaforos, mas o IRONMAN não aceita !

segunda-feira, 12 de março de 2018

NATAÇÃO PARA TRIATLETAS E NADADORES



ESTAMOS NO VASCO DA GAMA, em Santos.

De terça à sexta, sempre às 20h30, a piscina do Clube de Regatas Vasco da Gama, localizado na Ponta da Praia, em Santos, é o local para aqueles que pretendem aperfeiçoar seu nado competitivo e , além de melhorarem suas marcas individuais, poderem no caso do triathlon saírem com alguma economia de energia nadando com mais qualidade.

A piscina é de 25 metros, aquecida, descoberta e com 5 raias largas e o treino dura 55 minutos.
Nossa capacidade é de atender até 15 atletas por horário e caso a procura se acentue existe a possibilidade de abrirmos o horário das 21h30 também.

Esse horário é terceirizado com nossa Assessoria Esportiva e, portanto, caso haja algum interesse em vir treinar conosco, entrem em contato através de meu whatsapp (13) 97416.2483 para esclarecimentos.

É obrigatório a apresentação de exame médico no ato da matrícula caso o aluno traga de seu médico particular, ou a matrícula deverá ser efetuada nos dias de exames médicos no clube (Quartas à noite, sábados e domingos).

Venham conhecer a nossa estrutura e treinar em uma das melhores piscinas de 25 metros da região.




Professor Silvio Marques
CREF 050995-G/SP

ONDE SE CONCENTRAM OS SEUS ESFORÇOS?


É bastante comum observar nos "feedbacks" semanais de meus atletas após o cumprimento das planilhas uma dedicação maior em realizarem plenamente a parte dos treinos que possuem melhores habilidades, quando o correto deveria ser o contrário.
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Existem várias estratégias para "espremermos" os atletas e minimizar essas diferenças entre as maiores necessidades relativas às deficiências.
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Cada treinador deverá desenvolver habilidades EMOCIONAIS para que seus atletas trabalhem à exaustão as deficiências sem que a performance global seja prejudicada.
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Nessas horas, conceitos das relações interpessoais interferem muito mais do que apenas os conceitos do treinamento esportivo.
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Elaborar uma planilha de corredor e triatleta não é tarefa simples. Mas é o nosso dever juntarmos todas as informações possíveis e fazer o mesmo crescer.
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Dedique-se, atleta. Quando você perceber que os olhos de seu treinador brilham ao falar de você, enfim, você fechou com a pessoa certa.
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Conhecimento todos tem. Mas poucos se preocupam mais com você do que com o seu cheque.
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Venha treinar conosco.
Bons treinos.
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#tbt #literatura #livros #books #fisiologia #testes #parceria#silviomarquesassessoriaesportiva #SMAERun #coachsilviomarques#educacaofisica #saude #swimbikerun #nadapedalacorre #triathloncoach#responsabilidadesempre #indoortraining #musculacao #strengh#bodyandmind #praiadesantos #academia #personalcoach #roledebike#avidaaindavaleapena #ironmanrules #longdistance #ironmanbrasil2017#ironmanstyle #vidadeatleta

COMO RESOLVER TODOS OS ANSEIOS DE UM ATLETA?.




O imediatismo e a necessidade de competir exageradamente durante toda a temporada são os maiores complicadores na preparação dos ciclos de treinamento de um triatleta amador.
Esses fatores multiplicam em dificuldades quando os atletas optam por competirem em provas de longa distância.

É preciso deixar bastante claro para os atletas amadores que andarem "no fio da navalha", objetivando bons resultados e pódios em toda a temporada é para poucos.
Se por um lado o TALENTO contribui positivamente, fatores como atividades diarias (trabalho e família), a idade e a maior incidência de lesões ou sobrecargas na imunidade podem encerrar prematuramente uma temporada.
Se você já vem enfrentando algumas temporadas de maus resultados reveja urgentemente sua agenda de competições e reduza seu calendário.
Atletas amadores tendem a QUERER treinar mais do que o necessário e, quanto maior o número de competições, mais essa necessidade aumenta, ERRONEAMENTE.
Realize todos os testes laboratoriais e de performance no início de sua temporada.
Se o seu descanso tem sido insuficiente, reduza a carga de treinamento por um tempo.
Destaque um ou dois grandes objetivos no ano e utilize provas intermediárias apenas como metas.
Você pode competir durante todo o ano, mas se busca PÓDIOS e TÍTULOS, reveja seu calendário.
Mais dicas?
📞(13) 97416.2483 - whatsapp
📲 silvaotri@yahoo.com.br
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BONS TREINOS.
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#tbt #literatura #livros #books #fisiologia #testes #parceria#silviomarquesassessoriaesportiva #SMAERun #coachsilviomarques#educacaofisica #saude #swimbikerun #nadapedalacorre #triathloncoach#responsabilidadesempre #indoortraining #musculacao #strengh#bodyandmind #praiadesantos #academia #personalcoach #roledebike#avidaaindavaleapena #ironmanrules #longdistance #ironmanbrasil2017#ironmanstyle #vidadeatleta

sábado, 27 de janeiro de 2018

A TEMPORADA 2018 ESTÁ COMEÇANDO !



Finish Line: Destination - HOME !!

Com essas palavras acima, o narrador oficial do vídeo de todos os Ironman do Hawaii até a versão de 98 dava início à narrativa da maior prova de triathlon do mundo.
E tudo começando novamente !!

Faltando aproximadamente 4 meses para o Ironman Brasil, em Florianópolis, já começo a visualizar alguma tremedeira entre aqueles que já estão inscritos para a maior prova de triathlon do Brasil.

Acompanhando eletronicamente as mensagens e as postagens através de páginas eletrônicas (Instagram, Facebook, Blogs, etc...) já percebo a ansiedade de todos em busca da melhor preparação possível para o final de maio.

Observo que os atletas já tem manifestado algum aumento nas distâncias de treinamento.
Longas pedaladas de finais de semana, longas corridas pela nossa querida orla praiana, e assim por diante.

Confesso que ficaria um pouco mais contente se alguns mais experientes levassem um pouco mais a sério a prévia avaliação clínica e física, e que dispusessem de mecanismos fisiológicos mais precisos para que não desperdiçassem tempo precioso em treinamentos desnecessários.

A ciência do esporte hoje está contribuindo diretamente para a otimização do treinamento, seja ele de curta ou longa distância.
Gostaria de ver os atletas postando seus valores fisiológicos de antes e depois dessa longa jornada de pré-prova que inclue para alguns quatro ou cinco meses de treinamento e para um tanto de outros, até um ano de dedicação plena e exclusiva.
Gostaria de saber precisamente de cada um o dia-a-dia de treinamento, e o quanto outras importantes atividades poderiam contribuir com uma performance mais abrangente no dia da prova.

Mas acima de qualquer comprometimento maior, o mais importante é que todos estejam felizes fazendo o que gostam, com saúde e harmonia.

Se eu pudesse dar uma única dica, talvez duas, sem me intrometer nos trabalhos profissionais de ninguém, eu diria:

O IRONMAN NÃO ACEITA DESAFOROS.
E ele cobra o preço.

Portanto, não negligencie as propostas de seus treinadores, e busquem sempre SOLUÇÕES para resolverem os problemas que surgirem ao invés de sempre justificarem um treinamento perdido ou uma diminuição das distâncias propostas nas sessões.
Tome cuidado quando você começar a perceber que sua evolução está sendo bastante positiva e resolver por conta própria fazer um treinamento em uma intensidade acima do que proposto pelo seu treinador.
Normalmente esse "abuso" desnecessário pode encerrar a sua preparação antecipadamente.
Se você estiver em um MACROCICLO de 24 semanas e você perder "apenas" uma sessão de treinos por semana serão 24 sessões a menos no global de sua preparação.
Parece muito pouco uma sessão semanal, mas no ciclo total é uma enormidade a defasagem entre o programado e o realizado.
Porque o Ironman não aceita DESAFOROS.

Nadar 3.8 kms. 
Pedalar 180 kms. 
Correr uma maratona. 
Isso é o Ironman.

Preparar-se precisamente para a excelência de um resultado significa sessões de alongamento semanais. Musculação. Transições. Yoga. Descansos ativos, treinos livres, etc.

Quando digo excelência de resultado não digo vencer uma prova tão disputada.
Digo alcançar metas pré-estabelecidas com critério e rigor.
Alguns levam muito a sério. 
Outros nem tanto. 
Outros apenas brincam.

A seriedade, para mim, faz parte da rotina extensa do treinamento para uma prova de tamanho volume.
Porque depois de tantos anos competindo e acompanhando provas de todas as distâncias imagináveis, a imagem que sempre marca minha mente em termos de diversão é a do grande e renomado Ironman José Renato Borges, o José Renato Mosquito.

Esse cara competiu sempre com o sorriso no rosto. Muitas vezes o via treinando com muita seriedade. 
Muita dedicação. 
Muito profissionalismo.

Mas, no DIA DA PROVA, por mais concentrado que estivesse, por mais que estivesse doendo, o prazer de sentir toda a dedicação e empenho fluírem positivamente só traziam ao Mosquito um sorriso verdadeiro e que o conduzia sempre a linha de chegada com menos dificuldades que os demais, independente das dores.

Acho que é isso !!
Vamos todos pra Floripa em maio. (assim espero).
Eu, para acompanhar os meus poucos atletas.
E, a galera, para passar por aquela tão sonhada linha de chegada.

Cada um ao seu modo, com seus propósitos, com seus objetivos, com seus sonhos, com suas verdades.
Isso é o Ironman.

Boa sorte a todos.
Foi dada a largada.

CONSTRUINDO A BASE. Me explique, por favor !



Dia desses li no Instagram não me lembro de quem (juro) onde estava escrito algo parecido com:

"Pouco mais de 900km em nove dias (ciclismo) e assim fechamos a base do início do ano".
Era um grupo de triatletas na foto, pela hashtag que vi.

Entendi.
Aliás, acho que na verdade não entendi.

Todos os anos eu fico me perguntando sobre essa tal de "construção de base" que todos utilizam volumes imensos para alcançá-la.
E fico me perguntando também quais as informações preliminares fisiológicas que determinam que VOLUME gera construção de base.

Rodar nove dias fazendo 30km de corrida todos os dias pra "Construir Base" ninguém quer, né ??

Quanta PERDA DE TEMPO !!


Logo após eu finalizar essa postagem em uma rede social, o professor titular da UNIFESP em Santos, Paulo Azevedo, mestre em Fisiologia Humana e do Exercício e Ciências do Movimento, escreveu:

 Silvão, 
o que as evidências nos permitem concluir:


1-Periodização do treinamento é uma arte, e carece de suporte científico;

2- Qual o objetivo da “base”? Se for um atleta de alto nível esta base já está feita pelos anos de treinamento. Acredito que o que você viu no post não eram atletas de alto nível (mundial), então a melhora do VO2max e capacidade aeróbia são os objetivos;

3- Para atingir tais objetivos a distribuição polarizada das cargas (nos artigos chamam de periodização polarizada) tem se mostrado mais efetiva. Cerca de 70% do volume de treinamento é prescrito na intensidade do 1º limiar ventilatório (1º LV), 10% no 2º limiar ventilatório, e os 20% restantes entre o 2º limiar ventilatório e a intensidade associada ao VO2max (iVO2max);

4- Apesar do objetivo final ser a melhora do VO2max e capacidade aeróbia, cada um destes índices fisiológicos induz a respostas agudas e crônicas específicas. Por exemplo: treino no 1º LV induz ao aumento do número de mitocôndrias, e o treino na iVO2max induz ao aumento no tamanho das mitocôndrias. O que quero mostrar é que você tem razão no seu questionamento: o que o cara pretende com a tal base? Se ele fizer um teste ergoespirométrico (com protocolo adequado – validado) o Fisiologista conseguirá detectar qual o indicie fisiológico que deverá ter prioridade nos treinos. Seguindo o raciocínio, o volume alto poderá ser adequado para uns, mas não para outros; e o mesmo podemos dizer para o treino intervalado na iVO2max durante a “base” ou em outro período dentro do planejamento;

5- Calcular o volume total do período planejado (macrociclo) e distribui-lo em períodos menores (mesociclo, microciclo, sessão de treino e unidade de treino) não é algo fácil, e atualmente me traz duvidas maiores, principalmente pelas evidências contra a periodização. No triátlon tem o complicador de ser uma modalidade pluri-esportiva.

Valeu pela oportunidade. 
Disseminar um pouco das evidências científicas sobre fisiologia aplicada ao treinamento é importante para os professores de educação física e atletas, e acho que era este o objetivo da sua postagem!

Abração

Referencias
Adrian W. Midgley, Lars R. McNaughton and Michael Wilkinson. Is there an Optimal Training Intensity for Enhancing the Maximal Oxygen Uptake of Distance Runners? Empirical Research Findings, Current Opinions, Physiological Rationale and Practical Recommendations. Sports Med 2006; 36 (2): 117-132
John A. Hawley and Fiona J. Spargo. Metabolic Adaptations to Marathon Training and Racing. Sports Med 2007; 37 (4-5): 328-331.
Edward F. Coyle. Physiological Regulation of Marathon Performance. Sports Med 2007; 37 (4-5): 306-311.
Goutianos, G (2016). Block periodization training of endurance athletes: A theoretical approach based on molecular biology. 4(2): e9.
Irineu Loturco and Fabio Y. Nakamura. TRAINING PERIODISATION AN OBSOLETE METHODOLOGY? Available at www.aspetar.com/journal
José Afonso, Pantelis T. Nikolaidis, Patrícia Sousa and Isabel Mesquita. Is Empirical Research on Periodization Trustworthy? A Comprehensive Review of Conceptual and Methodological Issues. Journal of Sports Science and Medicine (2017) 16, 27-34.
SYLTA, K., E. TKNNESSEN, D. HAMMARSTRO¨ M, J. DANIELSEN, K. SKOVERENG, T. RAVN, B. R. RKNNESTAD, K, SANDBAKK and S. SEILER. The Effect of Different High-Intensity Periodization Models on Endurance Adaptations. Med. Sci. Sports Exerc., Vol. 48, No. 11, pp. 2165–2174, 2016.
Thomas Stöggl and BillySperlich. Polarized training has greater impact on key endurance variables than threshold, high intensity, or high volume training. Frontiers in physiology. February2014|Volume5|Article33

A IMPORTÂNCIA DO ROLO SOLTO



Existem algumas propostas que vemos nas prescrições de treinamentos que podemos classificá-las como ERRADAS.
Outras tantas classificamos como CONTRA INDICADAS.

Tudo depende das convicções de quem prescreve, das EXPERIÊNCIAS ESPECÍFICAS que o prescritor tem com a modalidade e, principalmente, da quantidade de estudos de teoria e prática do contexto.

O que é preciso sempre é avaliarmos previamente o que uma proposta pode gerar de riscos à quem irá praticar a mesma.
Ou, no português comum, o tal do bom senso.

Não vou me alongar não.
Mas posso, do alto da minha larga experiência com o ciclismo de estrada em todas as suas vertentes (MTB, Road Bike e Time Trial), expressar com convicção que o equipamento utilizado na foto é o ÚNICO equipamento que deve ser utilizado nos dias atuais para que deficiências de equilíbrio e assimetrias de pedalada sejam treinadas e corrigidas.

Acho um tanto demais arriscado propor determinadas situações para serem realizadas em estradas e em treinamentos externos e urbanos.

Enfim.
É apenas uma sugestão por simples SEGURANÇA.

Não abordei nada além da SEGURANÇA.
Técnicas de aprimoramento de cadências e todo o mais podem sim serem trabalhadas em estradas, mas melhor que não sejam.

Já vi muita coisa ruim acontecer em pelotões em estradas, tanto em treinos como em corridas de ciclismo, principalmente, por perceber APENAS falta de habilidade de gente treinando ou competindo dentro de pelotões.

Pelotão não é o melhor lugar para se estar se o ciclista não possuir habilidades e destrezas para a situação.
Aprendi a andar em pelotão quando humildemente passei a andar no fundo da equipe Memorial junto com Hernandes Quadri Junior, Daniel Rogelin,Douglas NunesFred Longhin e Marcio May.
Ficava quietinho ali no fundo, só aprendendo.
E ali fiquei muito tempo, e só botava a cara na frente do pelotão em corridas.
Respeito total pelos ciclistas que elevaram o nível do meu pedal no triathlon.

Ficarei muito triste se lá na frente alguém postar uma foto todo ralado um dia e disser "Silvão, você estava certo".

INVISTAM EM UM ROLO SOLTO.

É difícil de aprender mesmo, requer muitas vezes ajuda de alguém com habilidade ou experiência mas tão logo você consiga treinar perceberá rapidamente a evolução do seu "pedal".

Bons treinos.
E lembre-se.
Técnicas que envolvam destreza e equilíbrio, de preferência, treine em casa.
No ROLO SOLTO.

CARTA ABERTA AOS AMIGOS DAS ESTRADAS.



Relembrando as postagens de anos anteriores me deparei com essa que escrevi 3 anos atrás.
Arrepiei de verdade, porque todos nós sabemos o que aconteceu de lá pra cá.
Continuo afirmando e reforçando a mensagem.
Amigos, muito cuidado.

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CARTA ABERTA aos meus amigos atletas, em especial os triatletas e ciclistas.

" Na última semana a violência bateu mais uma vez na porta de um esportista.
Hoje, infelizmente, vitimado por ela, ele não resistiu e sublimou sua existência breve por aqui por esses lados, pouco mais de vinte e quatro anos, muito pouco para uma vida de saúde e esporte.

Tenho alertado os amigos há muito tempo sobre os perigos que vocês tem enfrentado cada vez que resolvem partir para as estradas da região.
É claro que eu sei que nós não podemos nos acovardar, não podemos guardar nossos sonhos na gaveta esperando que tudo se acalme.
Não podemos tirar os sonhos das pessoas.

Mas fazermos o que ?
Lutarmos de que forma ?
Até quando ?
Será que vale a pena ?

Muitos amigos que estão aí pelas estradas são pais.
Alguns pais de filhos tão pequenos que não tem sequer a percepção do que significa uma bicicleta ou o esporte na vida dos seus pais.

Qual a resposta que eles obterão da vida e de seus parentes se algo de trágico acontecer na vida de algum de vocês ?
Está valendo a pena o sacrifício de deixar família para trás duas ou três vezes semanais para enfrentar a violência e a criminalidade urbana que se apoderaram de todos os cantos desse país ?

Vale a pena bater no peito e contar com a sorte de que você é uma pessoa abençoada e protegida por Deus e que nada de ruim acontecerá com você ?

Por enquanto, temos compartilhado vez ou outra, e cada vez mais frequentemente uma mensagem com os dizeres " Desapareceu hoje mais uma bicicleta do atleta TAL ".
E , mais cedo ou mais tarde, contra a nossa vontade, seremos obrigados a publicar uma mensagem com os dizeres:
" Desapareceu hoje o atleta TAL vítima da violência .... " e por aí vai ...
Ou alguém tem alguma dúvida disso ?

Nós, brasileiros, temos o hábito de nos mobilizarmos sempre que algo acontece conosco ou com alguém muito próximo.
Não é habitual do brasileiro se comover ou se manifestar se uma criança for arrastada por um carro, ou morta envenenada por seus pais, ou se um atleta morrer num estado distante, ou se um policial matar alguém distante, porque o brasileiro é assim, infelizmente.
Ele só se manifesta quando as coisas acontecem bem próximo.
E a violência está cada vez mais próxima de nós, meus amigos.

O que fazer eu não sei, mas eu tenho absoluta certeza do que não fazer.
Eu preciso criar mecanismos para que a minha vida fique à margem dessa violência toda e que, de alguma forma eu possa estar protegido.
Eu oro pelos meus amigos esportistas, os que vão para as estradas semanalmente.
Há muitos anos atrás nós perdemos aqui na região um amigo triatleta, no auge dos seus quinze anos, quando pedalava na Pedro Taques.
Há muitos anos atrás nós perdemos aqui na região alguns amigos vitimados por um acidente de trânsito.
Quem presenciou isso na época sabe o quanto foi traumático para todos, principalmente para seus familiares, e o quanto demorou para ser superado.

Eu, infelizmente, sou obrigado a admitir que eu perdi para o medo e para a insegurança.
Optei pelo "indoor" e essa foto que ilustra o post é da minha bicicleta e a data que escrevi foi a última vez que fiz uma revisão nela, embora ela ainda esteja aqui em casa, guardada.
Vez ou outra ainda subo nela para pedalar no rolo.
Mas desisti das estradas.

Tomem cuidado, meus amigos ... !!
A vida de vocês e a comunhão com a família é mais importante do que qualquer aventura esportiva.
É apenas isso que peço ...
TOMEM CUIDADO !!

Do amigo Silvão !!

PAZ !!

sábado, 25 de novembro de 2017

DICAS PARA TREINOS DE SUBIDAS QUE PODEM SER UTILIZADAS TANTO NO TREINAMENTO "OUTDOOR" QUANTO NO "INDOOR" (Spinning®).

Fazer treinamentos em subidas é uma prática muito importante para a manutenção da força e da "performance" no ciclismo.
Ao contrário do que muitos imaginam, as técnicas abordadas para se incrementar  "performance" nas subidas são SIMPLES.
Vou deixar um link do Youtube aqui inicialmente para aqueles que desejarem acompanhar as dicas abaixo:
https://www.youtube.com/watch?v=9WO9Cut2nik

Perceba que normalmente quando ciclistas realizam subidas sentados no banco seus ombros estão sempre alinhados com o queixo, favorecendo o relaxamento e mobilidade das articulações dos MEMBROS SUPERIORES desde os ombros, cotovelos até as mãos.
Quando um ciclista trabalha afastando seus ombros do guidão através da extensão dos cotovelos e conseqüentemente aproximando seus ombros das orelhas o que percebemos é uma diminuição da mobilidade do tronco em função de um trabalho isométrico desnecessário das estruturas envolvidas no apoio do tronco sobre o guidão.



Convém LEMBRAR que exercícios ou trabalhos de isometria DEVEM SER EXECUTADOS apenas em posições SEM MOVIMENTOS.
E porque manter toda a estrutura dos MMSS "relaxadas" no ciclismo?
Quando o ciclista está escalando, quem carrega toda a estrutura para cima é o atleta. Ele carrega o seu peso e sua bicicleta.
Porém, a bicicleta não pode ser tirada do solo. Quando ela perde o contato com o solo ela perde a capacidade de deslocamento.
O ciclista sim.
Através de técnicas de movimentação em cima da bicicleta, o ciclista pode promover através do equilíbrio entre a fase ascendente e descendente dos pedais (ciclo completo da pedalada) melhor deslocamento em cima da sua bicicleta.
No ciclismo de estrada, perceba que quando o ciclista está pedalando EM PÉ o corpo se movimenta em cima da bicicleta para otimizar a aplicação da força nos pedais diminuindo a necessidade de hiper-extensão dos joelhos nos ciclos do pedal.
Quando o ciclista está pedalando em pé, perceba que seus ombros estarão sempre alinhados com o guidão.
Não vemos no ciclismo de estrada ciclistas fazendo subidas em pé com os glúteos lançados para a parte traseira da bicicleta.
No "indoor" muita gente realiza esse movimento erroneamente. Principalmente as mulheres.
ACREDITEM.
Ninguém ganha massa muscular nos "bumbuns" pedalando lá para trás da bicicleta.
Juro.
ACREDITEM.


No ciclismo "indoor", a bicicleta está estática, e para que ocorra o equilíbrio de forças entre a fase ascendente e descendente do pedal é necessário SIM que o aluno ou praticante desloque lateralmente seu corpo na pedalada como forma de otimizar o uso das sobrecargas aplicadas nos treinamentos.
Essa é a resposta para muitos que me perguntam porque eu me movimento tanto em cima da bicicleta de spinning® enquanto muitos realizam um pedal "duro", com os cotovelos hiper-estendidos, articulações rígidas e aplicação desnecessária de força em cima do guidão da bicicleta, quando na verdade o relaxamento precisa se fazer iminente e eminente.
E por último, percebam no vídeo anexo que quando os ciclistas no vídeo estão pedalando lado a lado e juntos, os dois estão pedalando com cadências diferentes.
Cada ciclista tem uma característica própria e cada um se adapta melhor com uma cadência.
Alguns preferem pedalar em cadências mais elevadas, outros não.
MAS NÃO SE ENGANEM.
Ciclistas treinam e muito em TODAS AS CADÊNCIAS. Eles sabem como ninguém como deslocar com eficiência uma bicicleta em todos os tipos de terrenos e inclinações.
Faça você o mesmo em seus treinamentos.
Experimente novas cadências e novas abordagens no seu pedal.

Convém lembrar que no treinamento “indoor” em bicicletas estacionárias aulas em grupo possuem alguma abordagem lúdica para facilitar com que os praticantes, na grande maioria não praticantes do ciclismo convencional, treinem com divertimento.
Se você mora em algum lugar onde as suas sessões de treinamento de ciclismo sejam prejudicadas em função de pouco acesso aos locais apropriados ( estradas e trilhas ) ou as temperaturas e o clima desfavoreçam um treinamento constante, utilizar bicicletas estacionarias podem contribuir significativamente com a manutenção de seu condicionamento, PORÉM, convém lembrar que as regulagens do equipamento devem se aproximar das utilizadas em suas bicicletas de estrada.

Observem o vídeo atentamente e nas suas próximas sessões de treinamentos e lembrem-se das dicas.
Quanto mais você estiver relaxado sobre os apoios do guidão mais sobrecargas você poderá utilizar nas propostas mais intensas.
Dúvidas sobre o texto?
Manda um "privado" que eu esclareço.
E se eu não conseguir responder, corro atrás da dúvida.

Grande abraço e até a próxima.